quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Olhar por si antes de olhar pelos outros

Apontamentos:

Estudos estimam que entre 46% a 59% dos prestadores de cuidados são deprimidos.

Ter responsabilidade do seu próprio cuidado:

Já se colocou estas perguntas?
  • O que acontecerá ao meu familiar se eu ficar doente? E se eu morrer?
  • Sente-se egoista quando coloca as suas necessidades à frente das do seu familiar?
  • É assustador pensar nas suas próprias necessidades? Qual é o seu medo?
  • Acha inadequado pedir ajuda? Porquê?

1 - REDUÇÃO DO STRESS PESSOAL

O stress é resultado da situação dos cuidados ou do resultado da sua percepção do cuidado.
Algumas etapas para reduzir o stress:
Identificar os sinais de alerta:
  1. irritabilidade
  2. problemas de sono
  3. esquecimento
  4. isolamento
  5. perda de apetite ou apetite aumentado

Identificar as fontes do stress
Identificar o que pode fazer para mudar
AGIR


2 - TRAÇAR OBJECTIVOS

É importante saber exactamente o que pretendem para si próprios.
Só assim poderão traçar objectivos concretos e desenhar o seu próprio plano.

3 - PROCURAR SOLUÇÕES

Para encontrar soluções é necessário:
  1. identificar o problema
  2. fazer uma lista das soluções possíveis
  3. seleccionar uma solução da lista
  4. implementar as actividades
  5. avaliar os resultados
  6. ir tentando as restantes soluções até solucionar o problema

4 - COMUNICAÇÃO

Até a comunicar podemos estar a olhar por nós.
Se escutarmos com atenção ...
Se respeitarmos os sentimentos dos outros ...
Se formos concretos naquilo que dizemos ...
Se tivermos em atenção que é melhor agir do que reagir...

Estamos no bom caminho.
A velha sugestão do "contar até 3" é mágica!

5 - PEDIR E ACEITAR AJUDA

Não deve sentir vergonha por admitir que precisa de ajuda. Aliás, isso pode mesmo ser considerado um acto de coragem.
Não estamos no mundo sozinhos e precisamos do outro.
Se aceitarmos isso conseguiremos organizar o nosso quotidiano e ter tempo para nós próprios.
Não digam "não" de imediato quando vos oferecem ajuda. O mais provável é que não o voltem a fazer. Pensem bem ... se calhar está na hora de aceitar uma mão amiga.

Porque não ter uma lista mental daquilo em que os outros o podem ajudar? Por exemplo:
- comprar pão
- ir à farmácia
- ficar com o seu familiar 15 min. enquanto vai a um recado, a uma consulta ou outros.
Assim, quando precisar de pedir ou lhe ofereceram ajuda já sabe exactamente em que actividade.

Dicas:
Não pedir sempre à mesma pessoa
Estar preparado para o pedido ser recusado
Estar atento ao momento certo. A outra pessoa pode não estar nas melhores circunstâncias para satisfazer o seu pedido.
6 - FALAR COM OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

É fundamental a relação com o seu enfermeiro/médico de família. São eles que o vão ajudar no seu dia-a-dia e tirar todas as dúvidas relacionadas com a prestação de cuidados.
Mas, acima de tudo é importantíssimo não esquecer a sua própria saúde! Se estiver doente quem o ajudará?
A máxima de: para ajudar os outros tenho de estar bem física e emocionalmente também se aplica neste caso.

7 - INICIAR EXERCÍCIO FÍSICO

E porque não?
Qual é a desculpa?

O exercício é extremamente benéfico: promove a melhoria do sono, reduz a tensão e a depressão, aumenta a energia e o estado de alerta, melhora o humor, etc.

Se não tiver "tempo" para mais pode tentar caminhar? Já experimentou? É aquele exercício que se pratica quando se está de pé e se põe um pé em frente ao outro e depois o outro e depois o outro ... e assim se consegue avançar alguma distância.
Experimente uma caminhada de 20 min. alguns dias da semana. Vai sentir a diferença.


em:  http://caregiver.org/caregiver/jsp/print_friendly.jsp?nodeid=847 - "Fact Sheet: Taking Care of You: self-care for Family Caregivers"

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